Gabrielle Lazarin

Contrato de Parceria em Coprodução: Vale a Pena?

Quando falamos de Contrato de Parceria em Coprodução, uma das perguntas mais comuns que recebo de infoprodutores que me procuram é: “Vale a pena ter um coprodutor no meu lançamento?”

E a resposta mais honesta e juridicamente responsável é: depende, afinal, cada caso exige uma análise individual, que leve em conta a estrutura da operação, os objetivos dos envolvidos e o nível de maturidade do negócio digital.

De todo modo, é possível destacar alguns benefícios e riscos comuns quando falamos de  um Contrato de Parceria em Coprodução para produtos digitais, especialmente no contexto de lançamentos.

1. Vantagens de um Contrato de Parceria em Coprodução

O Contrato de Parceria em Coprodução possui diversas vantagens e benefícios, e não seria diferente, já que é uma modalidade muito comum e utilizada por diversos infoprodutores no lançamento de produtos digitais. 

Dentre elas, podemos citar os seguintes benefícios de ter um coprodutor em seu lançamento:

  • Redução de custos: Os gastos com ferramentas, anúncios, design, copywriting, automação e outros elementos do lançamento podem ser divididos entre os coprodutores, aliviando o peso financeiro individual.
  • Compartilhamento de riscos: Ao dividir investimentos e responsabilidades, os riscos financeiros e operacionais também são compartilhados. Isso reduz a pressão sobre cada participante da parceria.
  • Complementação de competências: Cada coprodutor pode contribuir com habilidades distintas, como tráfego pago, produção de conteúdo, marketing ou estratégia. Dessa forma, a união de forças pode gerar um produto mais completo e competitivo.

2. Riscos de um Contrato de Parceria em Coprodução

O Contrato de Parceria em Coprodução possui algumas desvantagens e riscos, afinal, você estará integrando um terceiro nas atividades do teu negócio.

Dentre elas, podemos citar os seguintes riscos ao decidir ter um coprodutor em seu lançamento:

  • Divisão de lucros: Ao lançar em parceria, o lucro também será partilhado. Isso pode significar uma margem menor para cada coprodutor em comparação com um lançamento solo, mesmo com o sucesso do produto.
  • Conflitos estratégicos: Divergências sobre a estratégia de marketing, cronograma, posicionamento ou conteúdo são comuns, de modo que, sem um alinhamento claro, isso pode comprometer o projeto e gerar desgaste entre os coprodutores.
  • Dependência do desempenho alheio: Em um contrato de parceria em coprodução, o sucesso do lançamento depende da entrega e do comprometimento de todos os coprodutores, afinal, se um deles falha em sua parte, o todo é prejudicado, inclusive do ponto de vista jurídico.

3. O Contrato de Parceria em Coprodução: Elementos Essenciais

Independentemente da sua escolha, caso você opte pelo lançamento em coprodução, é indispensável formalizar a parceria por meio de um contrato de parceria em coprodução claro e bem estruturado, afinal, o alinhamento claro e detalhado com o seu coprodutor pode evitar muitos problemas.

Esse contrato deve prever:

  • As Funções e obrigações de cada parte;
  • O Percentual de participação nos lucros;
  • Como fica a Propriedade intelectual sobre o infoproduto;
  • As Regras de rescisão e penalidades em caso de descumprimento;
  • A Estrutura de tomada de decisões.

 

Com esse instrumento jurídico, você reduz os riscos, evita conflitos e protege tanto o produto quanto a relação comercial entre os envolvidos.

Se você está avaliando uma parceria para o seu lançamento e quer segurança jurídica nesse processo, fale comigo.

Tenha mais segurança jurídica no seu negócio digital.

Gabrielle Lazarin

AUTORA DO ARTIGO

Advogada a mais de 9 anos, pós-graduada em Direito e especializada em atender preventivamente negócios digitais e empreendedores.